sábado, 12 de junho de 2010

interrupção dos jogos olimpicos


Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 1896 no Estádio Panathinaiko em Atenas, Grécia.


Retornar com os Jogos Olímpicos seria uma forma de celebrar a paz entre as nações, pensa o Barão Pierre de Coubertin, numa época em que seu país acabara de ser humilhado numa guerra-relâmpago com a Alemanha (guerra franco-prussiana). Assim, ele lança sucessivos apelos, tanto aos governos quanto às entidades esportivas dos países mais poderosos da Europa, para que voltem a realizar as competições, à semelhança daqueles da antiguidade. Em 1892, em um congresso na Sorbonne, Pierre de Coubertin consegue que alguns países se comprometam a enviar atletas para a primeira competição olímpica da Era Moderna, cujo local ainda seria decidido.

Em 1894 é criado o Comité Olímpico Internacional, entidade não-governamental que seria inicialmente presidida por Demetrius Vikelas e mais tarde pelo próprio Pierre de Coubertin. Inicialmente Coubertin desejava que os primeiros Jogos Olímpicos se realizassem em 1900 em Paris, mas ficou decidido que se realizariam antes em Atenas em 1896, o que inicialmente provocou alguns problemas, devido à dificuldade em obter apoio financeiro por parte do governo grego. Com o empenho do COI foi possível obter o apoio da Família Real da Grécia, principalmente do Príncipe Constantino, para que os primeiros jogos em Atenas se tornassem realidade (o sistema de rotatividade entre cidades do mundo só foi definido anos depois). Assim, em abril de 1896, começam na capital grega os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizados regularmente a cada quadriênio desde então.

Presença das mulheres nas competições

O barão de Coubertin era contra a presença de mulheres nas disputas. Mas, por pressão do movimento feminista, cada vez mais atuante, elas ganharam o direito de competir nos Jogos Olímpicos de Paris em 1900. Eram seis tenistas e cinco golfistas, que enfrentaram as recusas dos organizadores.

Os Jogos Olímpicos na Era Moderna

Apesar de serem, em teoria, um evento para participação mundial, é inegável que as Olimpíadas possuam um caráter ainda centralizado no hemisfério norte, onde surgiram, e onde se localiza a maior parte dos países desenvolvidos. Não por acaso, as Olimpíadas são jogos de verão, mas o verão do norte, que vai de junho a setembro, quando os atletas têm calor suficiente para treinar e competir. Deixam de fora, assim, os chamados esportes de inverno, que necessitam de neve para sua realização, fundamentalmente. Para abrigar essas modalidades, o Comité Olímpico Internacional (COI) cria, em 1947, os Jogos Olímpicos de Inverno, disputados sempre no hemisfério norte, anteriormente coincidindo com os quadriênios dos Jogos originais, e mais tarde (a partir de 1994) se alternando, com diferença de dois anos entre cada evento.

Prosseguindo seus projetos de abrir as modalidades olímpicas a todos os esportistas do mundo, o COI reconhece em 1987 os Paraolimpíadas, que foram criados em 1952, dedicadas especificamente aos atletas portadores de necessidades especiais físicas, motoras e visuais. No período de 1968 a 1984, por várias questões os Jogos Paraolímpicos não foram realizados nas mesmas sedes dos Jogos Olímpicos. Até que em 1988, Seul se prontificou a sediar o evento logo após os Jogos Olímpicos, usando as mesmas instalações e infraestruturas. Na edição posterior em Barcelona 1992, o conceito atual foi desenvolvido chamado de "Uma Cidade, Dois Eventos". Esse conceito foi usado novamente em Lillehammer 1994, mas não nas edições seguintes até a ratificação do acordo em 2001, com a obrigação da cidade organizadora sediar os dois eventos. A primeira edição unificada realizada foi Salt Lake City 2002.

O COI também reconhece outros três eventos que estão também vinculados aos seus ideais: as Surdolimpíadas (para atletas surdos), as Universíadas (para atletas universitários) e o único evento autorizado a usar o nome dos Jogos Olímpicos as Special Olympics para portadores de síndrome de down e demais portadores de problemas mentais.

Curiosamente, nos Jogos da Antiguidade, os países abandonavam todo o conflito político-militar quando chegasse a época dos esportes. O próprio caráter internacional da competição teve início quando três reis de cidades-estado gregas assinaram um tratado de paz em Olímpia, prometendo enviar para lá, a cada quatro anos, seus melhores atletas, obrigando-se a trégua caso estivessem em guerra. O século XX fez com que essa tradição fosse invertida: os Jogos é que se interromperam quando as guerras estouravam, e isso ocorreu três vezes até hoje (1916, 1940 e 1944). Essas duas guerras também viram morrer vários atletas, inclusive medalhistas, que acabaram se convertendo em soldados – continuavam disputando por suas bandeiras, mas a derrota nessa outra contenda é sempre inaceitável. A triste ironia faz parecer que os Jogos Olímpicos ainda precisam transcender o estatuto de instituição esportiva e passar a ser efetivamente uma força de união pacífica global – exatamente o desejo que o Barão de Coubertin deixou em seu testamento.



O Barão de Coubertin, de seu nome Pierre Frédy nasceu em Paris em 1 de Janeiro de 1863. Pierre de Coubertin, cujo o pai era artista e a mãe musicista, foi criado e educado num meio aristocrata. Esteve sempre muito ligado às grandes questões de educação. Para ele a educação era a chave do futuro da sociedade. Aos 24 anos Coubertin decidiu o rumo da sua vida: recuperar o nobre espirito francês de educação, reformando-o. Pierre de Coubertin era um desportista muito activo, praticava boxe, esgrima, hipismo e remo. Ele acreditava que o desporto era a ponte para a força moral e defendia arduamente a sua ideia. E foram estas as razões que o levaram, aos 31 anos de idade, a querer reviver os Jogos Olímpicos. Anunciou a sua ideia durante o encontro do sindicato francês das sociedades de desporto atlético, do qual ele era secretário geral. No entanto, ninguém aclamou ou sequer acreditou na sua ideia, que foi recebida com muito pouco entusiasmo.Em 23 de Junho de 1894, o barão Pierre de Coubertin, promoveu um congresso em Paris, na Universidade de Sorbonne, do qual resultou a fundação do Comité Olímpico Internacional (COI) e a revitalização dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, cuja primeira edição teve lugar em Atenas, em 1896, com a participação de 14 países, representados por 245 atletas em 13 modalidades. No Congresso de Paris o grego Demetrius Vikelas tornou-se o primeiro presidente do COI. Dois anos depois, Pierre de Coubertin torna-se presidente do Comité Olímpico Internacional, cargo que manteve até1925. Devido à primeira guerra mundial, Coubertin pediu que a sede do COI passasse a ser sediada em Lausanne, Suíça, pois este era um país neutro. Em 1922, o quartel olímpico mudou-se Lausanne, onde permanece até hoje.Pierre Coubertin retirou-se do COI e do movimento olímpico em 1925 para se dedicar ao seu trabalho pedagógico. Aos 69 anos de idade, em 1931, Coubertin publicou as suas memórias olímpicas, no qual ele enfatiza a natureza intelectual e filosófica empreendida, assim como a sua vontade de fazer do COI mais do que uma simples associação desportiva. Pierrre Coubertin morre repentinamente de ataque cardíaco, a 2 de setembro de 1937, num parque em Genebra.




Interrupção dos jogos olímpicos da antiguidade




Tradicionalmente costuma-se afirmar que os primeiros Jogos foram realizados na Grécia Antiga no ano 776 a.C., como uma importante celebração e tributo aos deuses. Tendo sido proibidos pelo imperador cristão Teodósio I em 393 da era actual, por serem uma manifestação do paganismo.

Os regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do século VIII a.C. ao V d.C., mas com diversas modificações, tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio II, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação desportiva, mesmo assim, a festa começava como celebração aos mortos, e atraía gigantescas procissões de gregos de várias cidades-estado, era algo inevitável, pois, que surgissem algumas rixas ou contendas entre os peregrinos, para distrair a turba e proteger a paz das celebrações religiosas, a “organização do evento” passou a promover competições esportivas simultâneas ao culto.

Paganismo - é um termo usado para se referir a várias religiões não Judaico-cristãs, no entanto, existem várias definições entre diferentes religiões entre o que pode realmente ser definido como sendo paganismo, sem consenso quanto ao que é correto.[2] Um grupo mantém o paganismo como um termo que inclui todas as religiões não-abraâmicas. Outros sustentam que o catolicismo romano tem suas raízes no paganismo, enquanto outros sustentam que o paganismo deve referir-se exclusivamente às religiões politeístas, incluindo a maioria das religiões orientais, as religiões e mitologias do povos nativos americanos, assim como as não-abraâmicas religiões folk em geral. Outras definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais não organizadas em religiões civis. Característico de tradições Pagãs é a ausência de proselitismo e a presença de uma mitologia de vida que explica a prática religiosa.[3]

O termo "pagão" é uma adaptação cristã do "gentio" do judaísmo, e como tal tem um viés abraâmico inerente, com todas as conotações pejorativas entre monoteístas ocidentais, comparáveis aos pagãos e infiéis também conhecidos como kafir  e mushrik no Islã. Por esta razão, etnólogos evitam o termo "paganismo", por seus significados incertos e variados, referindo-se à fé tradicional ou histórica, preferindo categorias mais precisos, tais como o politeísmo, xamanismo, panteísmo ou o animismo.

Desde o século XX, os termos "pagão" ou "paganismo" tornaram-se amplamente utilizados como uma auto-designação por adeptos do neopaganismo.[5] Como tal, vários estudiosos modernos têm começado a aplicar o termo de três grupos distintos de crenças: Politeísmo Histórico (como a Mitologia celta e o Paganismo nórdico), Folk/étnica/religiões indígenas (como a Religião tradicional chinesa e as Religiões tradicionais africanas) e o Neo-paganismo (como a Wicca e o Neopaganismo germânico).



Porém, em 1896, um aristocrata francês, barão de Coubertin, recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.


Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais.

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